quarta-feira, 8 de junho de 2011

Notícias


          A notícia: informação sobre um fato novo. Olhando por esse ângulo, podemos dizer que as notícias são mais antigas que os jornais, e que a primeira forma de transmissão delas, historicamente, foi o boca a boca. Dessa maneira ampla, podemos afirmar que notícias sempre existiram.
          O gênero notícia jornalística, porém, passou a existir com o nascimento dos jornais, no início do século XVII, na Europa. Antes dos jornais, as notícias de caráter político, jurídico, social e econômico ficavam nas mãos dos governantes e da igreja, e eram transmitidas oralmente, somente em momentos que interessavam a essas esferas de poder. Fora desses momentos, poucos tinham acesso a elas. O desenvolvimento do comércio, porém, ampliado pelas grandes navegações a partir do século XVI, favoreceu o desenvolvimento de conhecimentos científicos/tecnológicos.           
          A invenção da imprensa é resultado desse momento. Com ela, a divulgação dos conhecimentos ficou facilitada. Além disso, é na época do desenvolvimento comercial que um número maior de pessoas torna-se alfabetizada e pode ter acesso ao conhecimento pela leitura, inclusive de jornais. Os jornais, pois, são “filhos” dessa época, e as notícias, sua seção mais importante e razão de ser.       

Notícias jornalísticas hoje
          Ao examinar a situação de comunicação a primeira coisa que se observa é o porquê de sua importância nos jornais. Atualmente, informações e conhecimentos são produzidos em grande quantidade e velocidade e as novidades a ser divulgadas são muitas. A notícia jornalística é o canal perfeito para levar fatos novos e relevantes, de todas as áreas, aos leitores. Por seu caráter de novidade e relevância, são elas que vendem os jornais.    

             Elementos imprescindíveis na produção escrita das notícias
A organização do texto da notícia é determinada pela novidade e relevância.
MANCHETE: Para chamar a atenção dos leitores, ele se inicia com uma bem objetiva, com os verbos no presente.
LEAD, ou primeiro parágrafo: contém as informações básicas sobre o fato noticiado. Nele, os verbos no pretérito perfeito – de modo a indicar um fato que se concluiu, se o noticiado já ocorreu – ou verbos no futuro – se a notícia anuncia um fato que irá acontecer. O lead nunca se inicia pelo verbo; ele começa pela indicação do fato e pela descrição das circunstâncias mais importantes em que o fato ocorreu, isto é, o que ocorreu, como, quando e onde.
O FATO noticiado é, então, essencial na produção das notícias jornalísticas. Nelas, comunicam-se apenas fatos importantes, que podem interessar a muitas pessoas. Fatos corriqueiros, mesmo que sejam novidades, não servem para a constituição das notícias de jornal, pois não chamam a atenção de grandes grupos de leitores.
O LEITOR: “para quem se escreve”, sempre presente nas situações de produção de linguagem. É preciso considerá-lo para saber “como” escrever. Uma vez que os jornais são dirigidos a diferentes públicos, a seleção dos fatos noticiados e o modo de escrever as notícias dependem do perfil do público a quem o jornal (seu espaço de circulação) é dirigido, interferindo no estilo da redação do texto.  
A impressão de verdade e isenção que a notícia precisa causar é também uma forte marca do gênero. Para garantir a sensação de isenção de opinião, as notícias são escritas em terceira pessoa. Só aparece primeira pessoa quando, na notícia, são inseridas falas de participantes ou observadores do fato noticiado. Assim, se houver opinião, ela é das testemunhas oculares e não do jornal, que guarda o aspecto de neutralidade pretendido. A isenção de opinião nas notícias é sempre algo que o jornal pretende, mas não alcança. Sabemos que, na realidade, as notícias sempre trazem o ponto de vista do jornal que as publicou. Basta comparar as notícias sobre um mesmo fato, publicadas em jornais de tendências diferentes. Elas sempre vão trazer, em sua linguagem, formas de dizer próprias de cada jornal. Embora não sejam isentas de opinião, as notícias e todo o conteúdo dos jornais representam uma forma importante de democratização do conhecimento. Lê-las com consciência da situação em que foram produzidas (o momento político, a tendência ideológica do jornal, o tipo de leitores aos quais ele se destina) favorece a formação do leitor crítico, aquele que tanto desejamos formar.
Referência: adaptado do texto de Heloísa Amaral http://escrevedo.cenpec.org.br/ 24/10/2007

Como fazer notícias de jornais atrativas

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Todo jornal impresso ou televisionado é recheado de notícias, as quais fazem parte do nosso cotidiano e são importantes para nos mantermos atualizados!          

Mas o que vem a ser uma notícia? O que ela precisa ter? Como é feita?    

Você tem curiosidade em saber: então, vamos lá!   

Notícia é um substantivo feminino e tem significado de informação, conhecimento, notificação. No âmbito da imprensa quer dizer o resumo de um acontecimento ou de um assunto!

Portanto, um resumo não pode conter muitas linhas! A notícia deve comunicar o fato e não traçar argumentos sobre ele.     

O noticiário na TV ou a notícia no jornal deve responder algumas questões, como:

 1. Qual é o acontecimento;
2. Onde ele ocorreu: em que cidade, estado, país?;
3. Quando aconteceu: que dia, mês, ano?;
 4. Por que aconteceu: o que está por trás? e
5. Quais foram as possíveis consequências?.            

A notícia é composta de duas partes: a manchete e o texto.           

Manchete: resume a notícia em poucas linhas (2 a 3) e tem o objetivo de atrair o leitor para ler o texto.  

Texto: os fatos narrados do acontecimento em questão.     

Deste modo, quem escreve notícias deve ser um bom escritor, pois as palavras devem ter combinações tais que atraiam leitores e telespectadores!    

Você sabe o que é um redator? Quando um jornal televisivo acaba, pode prestar atenção, os nomes dos redatores são apresentados! 

No jornal falado, a presença de redatores, locutores e sonoplastas é muito importante!

Os redatores são responsáveis por observar os fatos do dia, selecioná-los e redigir as notícias sobre eles!           
Os locutores são os apresentadores de tais notícias e os sonoplastas os que dirigem o fundo musical, como por exemplo: a música de abertura do jornal.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras  




SAIBA MAIS...
Para o vestibular, é fundamental se manter atualizado
É preciso se manter informado com fatos da atualidade.
Com o ingresso no ensino médio, é de fundamental importância que os alunos tenham contato com os fatos e acontecimentos que ocorrem tanto no Brasil, como no mundo. Estes passam a fazer parte do cotidiano escolar, são cobrados nas salas de aula, através de discussões e trabalhos em grupo, e aparecem nas provas.
Realmente este contato é considerável, pois traz para o estudante as informações da atualidade, colocando-o a par dos problemas político-sociais mais marcantes do mundo.
Manter contato com jornais e revistas de circulação nacional é um instrumento importante para quem se prepara para o vestibular, pois esses conhecimentos são cobrados nos exames, tendo os alunos que fazerem citações nas redações, bem como análises de gráficos sobre tais fatos, além de ser necessário fazer críticas e reflexões acerca dos mesmos.
Esses conhecimentos são exigidos em razão das escolas considerarem que os alunos estão na condição de formadores de opinião, que não vivem de forma alienada aos problemas sociais, mas que são participativos enquanto cidadãos.
Os assuntos são muito diversificados, como esportes, lazer, cultura, política, religião, guerras, biodiversidade, geologia, degradação ambiental, dentre vários outros interessantes para tornar as provas menos estressantes, mais voltadas para o mundo do que para somente conteúdos escolares.
Além disso, alunos que têm contato com questões sociais, que leem acerca das mesmas, têm maior capacidade de argumentar bem quando apresenta uma escrita, seu vocabulário torna-se mais rico, o que o diferencia dos outros.
Portanto, deixar a preguiça de lado e começar a se inteirar das coisas que acontecem no mundo é uma excelente forma de se preparar para o vestibular, ampliar seus conhecimentos e garantir sucesso na graduação.
Peça para seus pais fazerem uma assinatura de revista de assuntos político-sociais de circulação nacional, ou de um jornal de qualidade. E caso não tenham condições financeiras para isso, procure a biblioteca de sua escola, que certamente terá esse material à disposição.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia       

O Editorial



Editorial de uma revista e de um jornal: o primeiro assinado e o outro não!
O editorial  é um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro ou indiferente.        

É comum se ter uma seção chamada Editorial na mídia impressa.        

Então, a objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, uma vez que o redator dispõe da opinião do
jornal sobre o assunto narrado.

Logo, os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de modo que evidencie a posição da mídia, ou seja, do grupo que está por trás do canal de comunicação, uma vez que os editoriais não são assinados por ninguém.    

Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.         

O editorial possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a interpretação do que aconteceu.                

Pelas características apontadas acima, podemos dizer que o editorial é um texto: dissertativo, pois desenvolve argumentos baseados em uma ideia central; crítico, já que expõe um ponto de vista; informativo, porque relata um acontecimento.

O jornal que apresenta matérias excessivamente
críticas e opinativas e que não possui um ambiente separado para editoriais é considerado “de opinião”!     

Contudo, contrariando o fato do editorial levar em consideração a opinião do jornal como um todo muito editorial de revista mostram apreciações feitas por autores que assinam o texto e muitas vezes até mostram o rosto em uma foto!
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras 
Equipe Brasil Escola

Como fazer um editorial
 É necessário saber que um editorial defende teses. Geralmente as teses são enunciadas na introdução, seguindo-se, no corpo da matéria, a concatenação dos fatos e argumentos que levarão o leitor, na conclusão, a endossar o pensamento do veículo.

Partes

1 – Justificativa do tema
2 – Apresentações da tese
3 – Corpo
4 – Conclusão

 

Exemplos:

1) Editorial da  Folha de São Paulo

*    Houve em Granada um golpe militar com o assassinato do ex-ministro.
*    Houve uma intervenção externa, por   tropas dos EUA, com a participação de países da região.
*    A interferência foi injustificável.

Argumentos
*    A não-ingerência em assuntos internos de outros países é um princípio básico e universal aceitável.
*    Reagan foi irresponsável, pois se são condenáveis o golpe e o assassinato de Bishop, tão mais condenável é a invasão consumada, que comente contribui para o agravamento de um quadro internacional já extremamente tenso.

Conclusão

A invasão é injustificável, pois as razões alegadas por Reagan:
*    Revelam-se retóricas e inconsistentes;
*    Fazem lembrar discurso de que se tem valido regimes totalitários para justificar interesses hegemônicos e ações expansionistas.

2)  Editorial de “O Estadão”

Teses

*       Houve em Granada um golpe de inspiração soviética.

*       Os países do Caricom julgaram incompatível a incorporação de Granada à influência cubano-soviética.

*                 A interferência foi justificável

Argumentos  

*    Cabem a Caribean Community os mesmos direitos da própria OEA que na Conferência de Punta Del Este declarou  a incompatibilidade do sistema interamericano com o comunismo.

*    Como o comunismo se expandiu na região por meio de ações bélicas, também deve ser sustado pelas armas.

*    Os comunistas não devem ser aceitos no comando de governos estabelecidos intocáveis.

Conclusão

*     A intervenção é justificável, pois: se os EUA vacilarem em um lugar,   tal fato afetaria suas ações em outros lugares;

*    Moscou não pode arrogar-se o direito de eliminar, em qualquer parte do mundo, dirigentes políticos só porque não gozam de integral confiança.                   

Como analisar um editorial

É importante, ao analisarmos um editorial verificar, por exemplo, quais os fundamentos filosóficos, sociológicos ou políticos que sustentam as argumentações desse editorial? Bem como quais os conceitos (ou pré-conceitos) que os jornais querem passar aos leitores?
O gênero opinativo no jornalismo costuma ocupar pouco espaço. As matérias opinativas são, contudo, de fácil identificação, merecendo destaque em meio às notícias e reportagens.
O jornalismo brasileiro, até bem pouco tempo, vivia em função quase exclusivamente da defesa explicita de ideias e princípios. Podemos dizer que foi depois da 2a Guerra Mundial que nossos jornais conseguiram libertar-se da preocupação excessiva com a opinião de seus proprietários para apresentar como um serviço noticioso “neutro”, capaz de fornecer as informações necessárias para o funcionamento da sociedade.

                                                                                               FONTE: Ismar de Oliveira Soares.