segunda-feira, 30 de maio de 2011

HORÓSCOPO

DEFINIÇÕES
O termo Horóscopo advém do Grego «Horoskopeion», que significa «quadrante astrológico», sendo que tal implica a influencia que o posicionamento astrológico tem sobre todas as coisas.
Já em Latim, o conceito de Horóscopo advêm etimologicamente  de «Horoscopu» traduz a ideia de «nascimento».
O horóscopo é uma tradição que crê na relação entre os corpos celestes e a data de nascimento das pessoas. Assim, por meio do signo de cada um, associam-se os significados astrológicos ao contexto da situação apresentada em consulta.
Independente de acreditar-se ou não nessa possível relação, o fato é que o horóscopo, enquanto um gênero textual do cotidiano faz-se presente em nossa cultura e pode exercer grande influência na vida de alguém.
 Um horóscopo é um prognóstico que se faz sobre as tendências e influencias que se farão sentir no futuro de uma pessoa, local, instituição, evento, etc. Nesse sentido, um horóscopo é um oráculo.
ESTRUTURA
·                    Presença de boas e más previsões, como agir na vida amorosa, no trabalho, com os amigos, cores e números da sorte;
·                    Verbos no imperativo expressando conselho (por exemplo: faça, decida, dedique-se);
·                    Presença de modalizadores (por exemplo: podem apresentar, podem acontecer);
·                    Uso de adjetivos (por exemplo: grandes conquistas, projetos ambiciosos, excelentes resultados).
COMO É CONSTRUÍDO UM HORÓSCOPO ASTROLÓGICO?

·                    Um horóscopo astrológico é:
·                     obtido através da observação dos astros, nomeadamente do signo solar e signo ascendente que presidem á existência de uma pessoa, instituição ou evento.

·                    O signo solar é calculado pela:
·                     posição que o Sol ocupa no mapa celeste no momento de nascimento de uma pessoa, instituição ou evento.

·                    O signo ascendente, é:
·                     aquele que se encontrava em «ascendência», ou seja, aquele que se encontra a nascer no horizonte Leste no momento em que uma pessoa, instituição ou evento nascem. A hora e o local onde uma pessoa ou instituição nasceram, são por isso fundamentais para o cálculo do ascendente.

                         Por isso, eis que o horóscopo:
·                     acaba definindo as influências que no presente o no futuro terão as forças espirituais que nos marcaram no momento do nosso nascimento.

Porque um Horóscopo é um Oráculo?
·                     divulgamos diariamente o Horóscopo «Oráculo dos Astros»; horóscopos sobre todos os aspectos da sua vida: horóscopos de amor, horóscopos de casamento, horóscopos profissionais, horóscopos de negócios, horóscopos de todos os signos e para todos os momentos da sua vida. Encontre com os nossos recursos de Oraculos astrológicos, o horóscopo mais adequado á sua situação, com as melhores previsões on-line.
 
TIPOS DE HORÓSCOPO
Horóscopo Grego ou Zodíaco - É o que a maioria já conhece. Muitos acreditam que eles podem influenciar nossas vidas, ajudando a entender melhor tudo que acontece. É dividido em 12 signos: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.
- Horóscopo Asteca - O povo Asteca criaram um calendário conhecido como Pedra do Sol. Compreende de 360 dias, divididos em 18 meses de 20 dias cada. Cada mês tem o nome de um animal, objeto ou fenômenos naturais, dando origem ao Horóscopo: Cipactli (crocodilo), Ehecatl (vento), Calli (casa), Cuetzpallin (lagarto), Coatl (serpente), Miquiztli (morte), Mazatl (veado), Tochtli (coelho), Atl (água), Itzcuintli (cão), Ozomahtli (macaco), Malinalli (corda), Acatl (cana), Ocelotl (jaguar), Cuauhtli (águia), Cozcacuauhtli (abutre), Ollin (terremoto), Tecpatl (faca), Quiahuitl (chuva) e Xochitl (flôr).
- Horóscopo das Árvores - Criado na Gália, devido ao restrito relacionamento da população com as florestas. É formado de 21 signos com nomes de árvores: Carvalho, Ipê, Oliveira, Jacarandá, Goiabeira, Cedro, Quaresmeira, Cipreste, Amoreira, Coqueiro, Pinheiro, Salgueiro, Eucalipto, Cajueiro, Bambu, Manacá, Paineira, Mangueira, Acácia, Seringueira e Figueira.
- Horóscopo Egípcio - Criado por uma das primeiras civilizações do planeta. No ano de 2769 a.C., o sábio Imothep inventou o calendário egípcio, que tinha 365 dias e também estava dividido em doze meses. A partir deste calendário, os astrólogos egípcios elaboram um zodíaco dividido em doze signos, correspondentes aos doze meses do ano, cada um dos quais regido por um Deus: Rá, Neit, Maat, Osíris, Hátor, Anúbis, Bastet, Taueret, Sekhmet, Ptah, Tot e Ísis.
- Horóscopo Chinês - O horóscopo chinês baseia-se no calendário lunar, isto é, nas doze lunações de 29 dias e meio cada. Confira os signos: Rato, Búfalo, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Cabra, Macaco, Galo, Cão e javali.
-Horoscopo do tipo sanguineo- Existe uma crença japonesa de que o tipo sanguíneo de uma pessoa influencie sua personalidade e seu caráter. Para os japoneses, o “Ketsueki Gata” (que significa, literalmente, “tipo sanguíneo) tem a mesma função do horóscopo zodiacal, e saber o tipo de sangue das pessoas de seu meio social faz parte da cultura popular.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20091016061702AATBK5Chttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bula_(medicamento)
http://seteantigoshepta.blogspot.com/2009/01/horscopo-do-tipo-sanguneo-ketsueki-gata.html
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/buscaGeral.html?busca=horoscopo

BULA

É o nome que se dá ao conjunto de informações sobre um medicamento que obrigatoriamente os laboratórios farmacêuticos devem acrescentar à embalagem de seus produtos vendidos no varejo. As informações podem ser direcionadas aos usuários dos medicamentos, aos profissionais de saúde ou a ambos.
TIPOS DE INFORMAÇÃO
As informações encontradas nas bulas de medicamentos são, geralmente, divididas e organizadas segundo os tópicos:
·                    Nome do medicamento;
·                    Apresentação, formas ou formulações;
·                    Composição - Ingredientes e suas dosagens;
·                    Informações ao paciente - Cuidados de armazenamento, prazo de validade;
·                    Informações técnicas - Dados farmacológicos gerais sobre o medicamento;
·                    Farmacocinética - O metabolismo do medicamento no organismo;
·                    Indicações;
·                    Contra-indicações - Indicam condições em que o medicamento não deverá ser utilizado;
·                    Precauções - Cuidados a serem tomados durante o uso do medicamento;
·                    Gravidez - Informações sobreo uso do medicamento durante a gestação e a lactação;
·                    Interações - Dados sobre o uso concomitante com outras substâncias;
·                    Reações adversas - Efeitos colaterais possíveis ou esperados do medicamento;
·                    Posologia - Informações sobre a dosagem e os intervalos de administração;
·                    Superdosagem - Informações sobre o uso excessivo ou em altas doses.
·                    Informações adicionais.

BULA DE MEDICAMENTOS PARA PACIENTES

Alguns estudos apontam que as bulas dos remédios vendidos no país são incompletas, excessivamente técnicas para o público leigo, superficiais e desatualizadas para os médicos.
A partir destes estudos e buscando melhorar a situação, a ANVISA iniciou uma consulta pública que dura até 24 de fevereiro, para aprimorar as bulas dos medicamentos.
Dentre as propostas encontra-se a bula do paciente.
Até o final de 2009 medicamentos comercializados no Brasil terão duas bulas: uma com linguagem técnica, destinada a médicos, e outra voltada ao paciente, com informações mais didáticas.
A bula do paciente continuará dentro da caixa do remédio, enquanto a outra será eletrônica, disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Os pacientes também poderão acessá-la.

AS MUDANÇAS PARA A NOVA BULA

·                    A bula do paciente terá uma linguagem mais clara e didática;
·                    As letras e os espaçamentos entre os parágrafos no texto da bula devem ficar maiores para facilitar a leitura;
·                    Drogas de referência, genéricas e similares devem ter as mesmas informações na bula;
·                    O bulário eletrônico deverá ser atualizado sempre que surgirem novas informações;
·                    Todas as informações adversas e efeitos colaterais devem ser informados;
·                    A bula deve ter a data em que foi impressa.

CARACTERÍSTICAS DE UMA BULA DE REMÉDIO...

Devem ficar mais claras informações referentes à quantidade, características, composição, qualidade e preço dos medicamentos.
Brasília - Portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (9) estabelece regras para tornar mais claras as informações referentes à quantidade, características, composição, qualidade e preço disponibilizadas nas bulas dos medicamentos.
Uma das normas diz respeito ao tamanho das letras, que terão que ser maiores. Os textos também usarão informações mais claras, linguagem objetiva e conteúdos padronizados. A ANVISA também definiu formas de acesso ao texto dos medicamentos para deficientes visuais.
As bulas serão disponibilizadas numa linguagem mais técnica para médicos e profissionais de saúde, e outra em texto mais simples, com informações mais didáticas voltada aos pacientes.
A bula do paciente continuará dentro da caixa do remédio, enquanto a outra será eletrônica, disponível no site de ANVISA. Os pacientes também poderão acessá-la. As letras e os espaçamentos entre os parágrafos no texto da bula também devem ficar maiores, para facilitar a leitura dos textos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20091016061702AATBK5Chttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bula_(medicamento)

sábado, 28 de maio de 2011

Gênero textual cientifica

ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA - Gênero textual informativo com vocabulário preciso, frases curtas, ou seja, objetivo. Tem por finalidade divulgar para o grande público as descobertas mais recentes no campo das ciências em geral.              

INQUÉRITO POLICIAL – Texto de instrução provisória, preparatória, destinada a reunir os elementos necessários (provas) à apuração da prática de uma infração penal e sua autoria. É o instrumento formal de investigações, compreendendo o conjunto de diligências realizadas por agentes da autoridade policial e também por ela mesma (delegado de polícia) para apurar o fato criminoso e descobrir sua autoria.

Requerimento

Antes de nos inteirarmos mais do assunto em questão, seria interessante analisarmos literalmente a palavra requerimento:

Requerimento deriva-se do verbo requerer, que, de acordo com seu sentido denotativo, significa solicitar, pedir, estar em busca de algo. E principalmente, que o pedido seja deferido, ou seja, aprovado.

Podemos fazer um requerimento a um órgão público, a um colégio, a uma faculdade, e mais a uma infinidade de outros destinatários.

É importante sabermos que o requerimento pertence à chamada Redação Técnica, pois como todo texto, o mesmo constitui-se de algumas técnicas específicas para redigi-lo.

Observemos, portanto, o modelo a seguir: 
Il.mº. SR. Diretor da Escola Estadual Dom Bosco

(Nome da pessoa que solicita o requerimento), aluna regularmente matriculada no nono ano do ensino fundamental desta escola, vem respeitosamente solicitar a V. Sª a expedição dos documentos necessários à sua transferência para outro estabelecimento de ensino.
Nestes termos, pede deferimento 

Londrina, 04 de novembro de 2008.
(Assinatura) 

Quanto à estrutura, ele compõe-se de: 

Título da autoridade - A quem se dirige o texto

Texto
# Nome do solicitante
#Identificação do solicitante
# Exposição do que
 se quer

Fecho
#A fórmula convencional
# Local e data
#Assinatura 

Observações importantes:

# Num requerimento, as expressões “abaixo-assinado”, “muito respeitosamente” e outra que já se tornaram arcaicas, devem ser abolidas.

# O nome do solicitante deve vir acompanhado de informações que o identifiquem, conforme a natureza do requerente.

# Para se fazer o pedido, pode-se usar uma das seguintes formas:
Pede a V. S.ª, Solicita a V. S.ª, Requer a V. S.ª

# As fórmulas convencionais de requerimento admitem as seguintes variações:
• Pede a aguardar de ferimento - P. e A. D.
• Termos em que pede deferimento
• Espera deferimento - E. D. 
• Aguarda deferimento - A. D.

Declaração

A declaração é um tipo de texto muito ligado às situações cotidianas, que se constitui num relato proferido por alguém a favor de outra pessoa, procurando evidenciar uma verdade em que se acredita.

Trata-se de uma comunicação escrita, cuja estética segue alguns padrões fixos que envolvem conhecimentos linguísticos adequados, tais como o tipo de linguagem, a estrutura textual, o espaçamento, a forma de iniciar e finalizar a mensagem, dentre outros fatores.

Visando aprimorar nossos conhecimentos acerca da composição textual em evidência, enfatizaremos as seguintes particularidades:

# Tal documento deverá fazer referência ao objetivo pretendido por meio do discurso, ou seja, a expressão “declaração” é grafada com letras maiúsculas, ocupando uma posição de destaque sobre as demais;

# Em seguida redige-se a mensagem pretendida, focalizando o assunto específico;

# Ao final, cita-se o local, a data, enfatizando dia, mês e ano, seguida da assinatura do emissor (declarante) e seu respectivo cargo (função), quando for o caso.
 

Vejamos o modelo: 

D E C L A R A Ç Ã O 

DECLARAMOS para os devidos fins que a aluna ---------------------------(nome da pessoa a que se refere às informações prestadas), encontra-se regularmente matriculada na seguinte instituição de ensino (nome da escola, faculdade). Situada à Rua (endereço completo da instituição). 
Por ser verdade, afirmo o presente documento 

----------------------------
(local e data)
--------------------------------
Assinatura do emissor 


Declaro para os devidos fins que o funcionário -------------------------(nome completo da pessoa a qual se refere) prestou serviço nessa empresa, ora denominada ------------------(nome do órgão responsável por emitir o documento) durante o período compreendido entre janeiro de 2005 a outubro de 2007.

Por ser verdade, firmo o presente documento. 

-----------------------------------------
(Local seguido de sua respectiva data)

-------------------------------------------
(Assinatura do emissor responsável acompanhada do documento de identificação (RG,CPF, e outros)



Procuração

A procuração é um documento legal que transfere a alguém (outorgado) poderes para agir no nome de outra pessoa (outorgante). 

Logo, quem concede o direito é o outorgante e quem recebe o outorgado.

Quanto à forma, há dois tipos procuração: a pública e a particular. A primeira é lavrada em cartório por um tabelião, em livro próprio, o qual será arquivado. Já a segunda, é lavrada pelo outorgante ou pessoa autorizada, datilografada ou de próprio punho.

O outorgado também é chamado Procurador (aquele que representa) e o outorgante de Constituinte (aquele que delega).

A procuração precisa ter identificação, profissão das partes, os poderes delegados, a finalidade e o prazo de validade. Abaixo, após o corpo do texto, devem vir expressos local data e assinatura do outorgante ou constituinte. 


Eu, Eloá Oliveira, brasileira, natural de Marilândia, casada, Residente e Domiciliada em Belo Horizonte, MG, Rua Joaquina Silvério, nº 444, RG 4254748, CPF 263.362.421.12, NOMEIO MEU PROCURADOR O Sr. João da Silva, brasileiro, natural de Marilândia, casado, Residente e Domiciliado em Belo Horizonte, MG, Rua Joaquina Silvério, nº 444, RG 2542636, CPF 263.895.325-13, PARA FINS DE efetivar matrícula, junto à Universidade Federal de Minas Gerais, PODENDO em meu nome, fazer a inscrição no curso de Pedagogia, para o qual fui selecionada no Processo Seletivo de 2008.
Belo Horizonte, 03 de março de 2009.


___________________
Eloá Oliveira
 

Recibo

O recibo é um documento muito importante, pois é a prova de que uma transação financeira foi realizada.

É uma declaração por escrito, na qual alguém (pessoa física ou jurídica) declara ter recebido de outrem o que está especificado.

Há blocos de recibos já prontos em papelarias, contudo, a empresa pode fazer um próprio, com timbre.

Este documento deve constar de duas vias para que fique uma cópia com cada uma das partes envolvidas.

É fornecido pela pessoa ou empresa que recebe o dinheiro e todo processo do acordo estará especificado no corpo do texto.

No alto, escreve-se RECIBO e à direita o valor da transação em algarismos.

Depois do texto, a pessoa que fornece o recibo deve assinar, afirmando ter auferido determinada quantia.

No caso do recibo ser emitido por pessoa jurídica, pode haver necessidade de especificar a retenção do Imposto de Renda sob o valor bruto. Pode ou não ter testemunhas.

Veja os exemplos:

     PESSOA FÍSICA:
RECIBO
R$100,00

Recebi da Sra. Armandino Aroldo a quantia supracitada de R$ 100, 00 (cem reais), referente à venda de uma calça jeans modelo Slim, fabricação brasileira, marca LG it.

Patos de Minas, 25 de janeiro de 2009.
 
________________
Leia Souza
 

  
PESSOA JURÍDICA: 
RECIBO
Mão de obra: R$ 2.000,00
Retenção de IR: R$ 320,00
Líquido a receber: R$ 1.680,00

Recebi da empresa Cimentos – Materiais para construção Ltda., inscrita no CNPJ sob o nº 63.533.312/0001-35, a quantia de R$ 1.680,00 (um mil, seiscentos e oitenta reais) referente aos serviços de acabamento de uma construção civil com 350 m2 (trezentos e cinquenta metros quadrados).
Arapuá, 25 de janeiro de 2009.
_____________
David Souza
Testemunhas:
___________________
___________________
 


HISTÓRIAS EM QUADRINHOS A ORALIDADE EM SUA CONSTRUÇÃO

As histórias em quadrinhos são enredos narrados quadro a quadro por meio de desenhos e textos que utilizam o discurso direto, característico da língua falada.

ANÁLISE DA HISTÓRIA EM QUADRINHOS
 Analisada narra um episódio da Turma da Mônica, personagens de Mauricio de Sousa que, segundo Eguti (2001), foram inspirados em sua filha mais velha e em sua turminha de amigos. Essa turminha é constituída pelos personagens Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali entre outros, e estão na idade pré-escolar por volta dos sete anos de idade.
A história escolhida é constituída de 72 quadrinhos e 11 capítulos e se intitula “Cebolinha em o novo plano” e narra o que Cebolinha planeja para enfrentar Mônica e sua força. A partir das teorias abordadas, serão descritas, em alguns quadrinhos dessa história, algumas características da língua falada, assim como os elementos das HQs que auxiliam na compreensão da narrativa. A análise concentra-se nas características do texto falado encontradas no texto escrito da HQ, sendo que os desenhos só foram considerados à medida que contribuíram com os aspectos da oralidade complementando o significado do texto escrito.

Observa-se nos dois primeiros quadrinhos do capítulo 2, a fala de Cebolinha: “É isso aí!!...” que é uma expressão tipicamente oral e que dentro da narrativa, indica uma afirmação de Cebolinha quanto ao medo que Mônica tem do tamanho de seu amiguinho. Ela não acredita no que está ouvindo e grita: NÃO DIGA! NÃO! NÃO!”. Sua fala é grafada em negrito e letras maiúsculas para indicar seu tom de voz elevado. Nessa fala, nota-se uma atividade de formulação, devido à repetição da palavra “não”. A repetição, segundo Fávero et al. (1999), é a reprodução de segmentos anteriores duas ou mais vezes, motivados por fatores de ordem interacional, cognitiva e textual. Nessa fala, Mônica utiliza a repetição como uma reação às ameaças de Cebolinha, portanto, trata-se de um fator de ordem interacional.
No segundo quadrinho, Cebolinha finalmente revela seu plano: “Eu estou fazendo natação!!” e Mônica desesperada grita: “NÃAAOO!!!”. Percebe-se, em seu grito, a repetição das letras a e o, que indica um som prolongado.
Como o capítulo 1 e os dois primeiros quadrinhos do 2 referem-se à imaginação de Cebolinha, evidenciada pelo contorno em forma de nuvem do quadro, ocorre, então, uma mudança do tópico discursivo. Segundo Fávero et AL (1999, p. 37), “tópico é o elemento estruturador da atividade conversacional”.
É interessante ressaltar que nessa historinha, o pensamento é verbalizado, o que difere de uma conversação real, pois não é possível um falante ter acesso aos pensamentos de seu interlocutor. Este fato indica uma característica do texto escrito.

Capítulo 2 - Quadrinhos 1 e 2         


No terceiro quadrinho do Capítulo 3, Cebolinha interage com o leitor, dizendo: “já vi que meu novo plano vai por água abaixo!”. Nesta fala, têm-se duas colocações tipicamente orais. A primeira é “já vi que...” e a segunda, “... por água abaixo!”, sendo esta última, considerada uma expressão bastante popular recorrente em uma interação informal. É interessante notar que há duas pequenas nuvens acima da cabeça de Cebolinha, que mostram como ele está nervoso. Nesse caso, o desenho é de extrema importância na compreensão situacional.
Ainda há, no mesmo quadro, o professor de natação, que chama a atenção dos alunos, batendo palmas (expressão corporal) e dizendo: “Muito bem classe!” (pausa evidenciada pelo estreitamento dos balões) “todo mundo na água!”. Sua primeira fala é um marcador conversacional de mudança de tópico, pois, neste momento, o tópico conversacional se volta para a aula de natação, além de funcionar como um marcador para chamar a atenção dos alunos. Marcador conversacional, conforme Urbano (1993, p. 86) afirma, “são elementos que amarram o texto não só como estrutura verbal cognitiva, mas também enquanto estrutura de interação interpessoal”.

Capítulo 3 - Quadrinho 3

O primeiro quadrinho do capítulo 8 apresenta Cebolinha todo machucado por causa dos golpes que Mônica lhe dera enquanto nadava. Nota-se que Cebolinha, apesar do silêncio, interage com a menina, evidenciando seu Turno. Turno Conversacional é definido como “a produção de um falante enquanto ele está com a palavra, incluindo a possibilidade de silêncio” (FÁVERO ET AL, 1999, p. 35), sendo assim, seu rosto riscado e sem dentes, com a boca torta, além das estrelas acima de sua cabeça indicam que o menino está machucado. Os sinais visuais são suficientes para a compreensão do turno do menino, apesar de seu silêncio. Mônica apenas olha para o amigo e pergunta: “Cebolinha?”, pois, até então, não havia percebido que o estava machucando.

No segundo quadrinho, rapidamente ela pergunta: “Ai meu Deus!! Você está bem?! O que aconteceu?!”. Nessa fala, existe o marcador conversacional “Ai meu Deus!!”, que demonstra a preocupação da menina. Cebolinha responde fazendo um gesto de afastamento para Mônica: “O que aconteceu?! o de semple. O menino repete a pergunta de Mônica indicando uma atividade de formulação. Com essa repetição, ele ironiza a situação contribuindo para a organização da seqüência narrativa. Percebe-se também, nesse quadrinho, a presença do par adjacente do tipo pergunta-resposta que se caracteriza por organizar localmente a conversação, e por tratar-se de um elemento básico de uma interação.

Capítulo 8 - Quadrinhos 1 e 2


Através da análise efetuada, torna-se evidente que as características da língua falada manifestam-se no texto escrito das histórias em quadrinhos aliando-se a recursos da escrita e também a recursos visuais. Observou-se, assim, que é impossível descrever a estruturação do texto das HQs, sem que tais elementos sejam considerados, pois, nesse gênero discursivo, as linguagens oral e visual possuem igual importância. Sendo assim, os recursos visuais não verbais da conversação, como os gestos, expressões faciais e corporais são representados através do desenho, transmitindo cada movimento do personagem.
Quanto às características da língua falada, encontraram-se notórios exemplos de marcadores conversacionais, atividades de formulação, como a repetição, pares adjacentes do tipo pergunta-resposta, e estratégias de manutenção do tópico discursivo. É importante ainda ressaltar que, devido à grande variedade de elementos encontrados na história integral, não foi possível discorrer sobre cada um deles, com a mesma profundidade, deixando esse aprofundamento maior para um estudo posterior.
Percebeu-se também que, em um certo momento da história, o personagem Cebolinha interage com o leitor, formulando uma interação inesperada, fazendo com que o próprio leitor se sinta parte da narrativa. Assim, o texto da HQ constitui uma linguagem simples e prazerosa tornando o leitor parte integrante desse mundo.